Tento uma janela de infância, na verdade não esquecida, continua imovél às ondas que por ela passaram...
Volto como que por acaso, sem a ter apressado, sabia que voltaria e voltei, acabei de voltar, voltei-a, voltei mesmo ao ponto onde em criança reconhecia estratégicamente o meu reino protegido pelas paredes do meu forte real, voltei...
Parece que a idade também por aqui passou, olho o pinhal agora careca, a familia de corvos que continua impunemente a dominar o meu antigo território, o riacho secou ou pelo menos desapareceu, os campos que já não são cultivados, o que antes me proporcionou a imensidão da soberania ficou reduzido à árida esperança...
Agora estou só, por entre a janela vejo o meu passado, sinto o futuro que recuso, vejo mudanças, acordo frustrações consciente que nada é eterno, acuso a volatilidade dos reinos que criei, a força dos exércitos que comandei, a fraqueza do não te ter... Para o muito se reduzir a nada, vejo através dos destroços do castelo a possível ruina de uma vida e rejeito-a.
Voltei cá hoje, por acaso, todos os pedaços de mim que cá tinha deixado cá continuam, trouxe mais alguns, levei os que queria, admirei o meu reino mágico mais uma vez, até à próxima, sem esperança que se recontrua, sem armas para o levantar, sem soldados para comandar, sem mais magia para descobrir, apenas o mistério do que poderá ser, mas só...
Levanto-me e faço ruir o castelo de cartas...
Volto como que por acaso, sem a ter apressado, sabia que voltaria e voltei, acabei de voltar, voltei-a, voltei mesmo ao ponto onde em criança reconhecia estratégicamente o meu reino protegido pelas paredes do meu forte real, voltei...
Parece que a idade também por aqui passou, olho o pinhal agora careca, a familia de corvos que continua impunemente a dominar o meu antigo território, o riacho secou ou pelo menos desapareceu, os campos que já não são cultivados, o que antes me proporcionou a imensidão da soberania ficou reduzido à árida esperança...
Agora estou só, por entre a janela vejo o meu passado, sinto o futuro que recuso, vejo mudanças, acordo frustrações consciente que nada é eterno, acuso a volatilidade dos reinos que criei, a força dos exércitos que comandei, a fraqueza do não te ter... Para o muito se reduzir a nada, vejo através dos destroços do castelo a possível ruina de uma vida e rejeito-a.
Voltei cá hoje, por acaso, todos os pedaços de mim que cá tinha deixado cá continuam, trouxe mais alguns, levei os que queria, admirei o meu reino mágico mais uma vez, até à próxima, sem esperança que se recontrua, sem armas para o levantar, sem soldados para comandar, sem mais magia para descobrir, apenas o mistério do que poderá ser, mas só...
Levanto-me e faço ruir o castelo de cartas...
Algures no século passado
7 comentários:
Bela metáfora para dizeres que estás a ficar com pouco cabelo... A vida é assim mesmo, essas tuas palavras descrevem-na com uma nitidez de sonho mal acordado, basta cair uma pequena carta e aos nossos pés a construção parece o caos... Viaja, meu bom amigo, viaja ao passado, vê o presente e compara todas as mudanças mas não te esqueças que o mundo não pára, nem espera... velocidade, tempo e espaço... Mexe-te...
beijinho grande Texto espectacular!!!
Para quem não gosta de música brasileira existem demasiadas referências ao estilo...
Mas enfim... o meu castelo de cartas marcadas começa a ruir...
Caía a tarde feito viaduto...
E o ...
trajando luto... me lembrou...
Muito médio texto...
Sem estilo próprio...
Viva o FF !
Desse eu gosto...
Beijinho... saudade grande desse verde aí tão presente em conversas do inverno de meus olhos...
é verdade...
o ed esta already in love por uma skinny little bitch...
model...
role model...
Susano, estás a ficar com pouco cabelo?
EXIGE-SE NOVO POST!!!!
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